15 março 2011

Ao sol

Já se encontrava a meio caminho em seu passeio diário pelo céu quando viu. Ao lado da grande escavação que seria o alicerce de uma casa, uma mulher agachada. Óculos escuros (sentia sempre certo orgulho ao perceber que as pessoas precisavam se proteger de seus raios poderosos). Roupa estranhamente colorida. Aparência pensativa. A mulher não devia estar ali. Definitivamente não era o lugar daquela figura bizarra. Na verdade, nunca entendera os humanos. Já os observava desde o princípio dos tempos e não os compreendia. Mas certas coisas tinham um padrão, uma normalidade.

E aquilo não era normal. Eram quase seis horas quando percebeu o que aquilo significava. Prometeu me contar amanhã.

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